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É um grito. Um grito que guardo na garganta, apertado, que me desce até ao peito, e não sei que fazer dele. Não sei como o deitar fora, se ainda não o gastei, e para dentro não vai ele. Um grito com quantas palavras tem a dor em que me deito, confortável com esta lancinante constância. Não vou esperar, que isso mais me cansa e mais me dói, e não quero disso. Fico neste vazio insolvente, que fico melhor. O resto… Se há um resto, que fique lá fora, batendo à porta fechada com punhos que não oiço. Vou fechar todas as portas, que portas abertas são chamadas ao sofrimento. O silêncio dorido da minha mente que me embale até ao sono que espero, e talvez o grito se vá em sonhos.

Os actos matam as palavras doces, tão doces, e afinal és uma cobarde, não consegues, não és capaz, falta-te a força e ficam-te as lágrimas que caem sempre e sempre, porque não tens mais em ti que isso, lágrimas. Chora, que isso nada te resolve. Não é o mundo que é triste ou a vida injusta, és tu que não deixas de ser a merda que és. Desculpa, pequena criança cobarde, mas é o que sentes e que te dói mais. É falhares para quem amas por medo, depois de juras e promessas e de usares “sempre”. Não são mentiras — disseste a ti mesma que não o farias novamente, que nunca mais usarias tais coisas se não fossem aquilo que sentes no fundo, no mais profundo de ti, no pedacinho que não consegues enganar. Mas, ainda assim, cortam-te o peito com soluços. Shh, talvez seja demasiado para ti, que és tão fraca e frágil e só consegues chorar. Uma e outra vez sempre e sempre eu odeio-te e odeio-te mais e não te suporto! Não devia ser assim, não podia ser assim, mas mereces a dor e o sofrimento e mais. Oh, a culpa, pequena criança, se sabes o que ela é a rasgar-te o coração. Se sabes o quanto ela te mata a cada bocadinho, a voz que te soa em pesadelos que te tira o fôlego. Não vale a pena acordar, se é para cumprir um destino que sonhaste e que te trai a ti mesma com o que fazes. Não te faças mártir, não vale a pena, ninguém te acredita, nem tu, porque as vítimas não se sabotam a si mesmas. Vai, dorme. Dorme como fazes para te esconderes, não de ninguém; de ti. Dorme e não acordes, porque quando acordares vais cá estar e vais lembrar-te. Dorme e foge à tua existência, criatura de solidão, porque não há quem tenha o dever de te conhecer senão tu, e a ti cansa e magoa e mata. Morte por morte antes a do sono.

Fundo mais fundo e não consegues olhar sequer para cima. Onde estão as luzes? E cais. Cais sem querer e voluntariamente, cais e escorregas e arrastas as chagas pelas bordas do abismo, dói dói dói. Tens tanto medo. Cais mais e mais e perguntas-te se alguém vê. Ou se importa, sequer. Se não escreveres com as lágrimas que gastas, não vale a pena. Cais e não sabes se não é mais que uma ilusão, se só não vês a saída porque não queres. Talvez a teimosia esteja entranhada no teu subconsciente como em ti. Talvez te falte um final abrupto para acordares de um pesadelo que criaste. Cais, e que queda, chamas pelo fundo, anda, depressa, não quero cair mais, mas é uma espiral entontecedora e o fundo não chega. Fica o medo dentro de ti, esse terror que te avassala de quando em quando, que nem contigo sabes viver. Vá! Chega! Guarda tudo e pronto, acabou, a queda continua, a descida não acaba, mas o dia de amanhã pode trazer o fim e nem sabes por que razão te sentes assim. Shhh, já chega, deita cá para fora depressa, rápido, sê célere, está na hora de seres alegre por mais um pouco.

Está quase na hora de deitar e aí não cais, não desces, não nada, sonhas, e que sonhos. Enquanto dormes não vives, não cais.

grito x – da queda do ser.

Chove na janela e as gotas são traços translúcidos dentro e fora de ti. Sabes chorar em silêncio, e que bem que te sabe, viver das lágrimas num segredo corrente e salgado, quente com o sabor da tua dor. Sabes chorar enquanto fustiga a chuva o mundo, enquanto não há mais torrentes e as palavras se mesclam em paradoxos em que deixaste de acreditar no momento em que fechaste os olhos, e agora só ouves a solidão. Tudo se resume ao mesmo, a essa tristeza lancinante e maculada em que não deixa de haver a misericórdia maldita da esperança. Há tão pouco neste momento a sorrir-te, chora, pequena criança alegre, que não sabes como o fazer também.

Cala a música. Se não houver mais nada, os carros lá fora a sulcar a estrada molhada ancoram-te aqui, ao quarto tranquilo na casa silenciosa e ao tempo imóvel. Tempo que só pára quando falta te faz que siga, sem perder o rumo em direcção ao futuro e à distância. Chora, vamos, que se ninguém te compreender mais razão tens para chorar. Como se fossem precisas razões, não é? Chora porque o dia te esqueceu, e foste ignorada pelo embalo da vida; chora porque a garganta se te embarga e não te deixa chorar; chora porque te sentes a perder o que amas; chora porque não foste feita para despedidas, não para mais nenhuma, curta ou do tamanho da eternidade; chora de saudades, porque as despedidas forçadas que fizeste queimam-te a alma; chora porque neste pedaço de mundo estás só com uma gata adormecida; chora porque te falta o abraço que mais precisas neste momento; chora porque és uma criança sozinha e chorona. Chora. Chora até não quereres chorar mais, porque aí toma-te o sono. Chora até a respiração se enforcar na tua garganta com os soluços do teu mesquinho sofrimento. Vamos, chora. Até a cabeça ficar leve e os pensamentos abafados e a dor tiver escorrido até se perder nas tuas lágrimas e em todos os lenços que gastaste para enxugar a tua tristeza.

Mas não queres! Não queres que nada mude, não há tempo, não houve, se tudo mudar vais sentir-te pior, cansada, exaurida da felicidade. Não te vás, alegria. Fica mais um bocadinho, preciso de ti. Não me deixes, por favor. Tenho medo de não te encontrar se te perder outra vez. Fica, alegria.

grito ix – da angústia incansável do ser.

És tão fraca. Destróis-te debruçada sobre ti mesma; ao menos respira, pára os soluços, retoma-os. Respira. Sabes como é, sempre o fizeste. Mesmo quando tropeças pela casa vazia sem ver, engolindo o teu próprio sal num desespero que dói, que te arranca do peito as mágoas em abruptos rompantes. Dói. Mas respira. Sê portanto pseudo-mártir quebrada, com a tua propensão para a desfelicidade em ti e nos outros, e bem, toda a gente sabe que há dias maus, para quê pensar mais nisso? Mas não há a luz ao fundo do corredor, ou os passos amarfanhados com chinelos calçados, nem um pequeno esquecimento que te alivie a solidão. Dói. Acima de tudo, queres sair daqui, queres ir para casa, não queres a opressão que resulta de ficares só. E quem te oprime, afinal, se não tu? Fraca.

Entretens-te com pálida benevolência e, assim que cai o último contacto, assim que é tarde e se mostra o escuro com as luzes moribundas cujo fim sabes breve, caem as barreiras que levantas em ti mesma e choras, choras agarrada ao que te resta no momento, a ti. Dói. Perguntas-te por que dói tanto. Tem calma. Se dói agora, mais tarde será bonança, tranquilidade serena para a alma. A solidão nunca fez mal a ninguém. É só um bocadinho, pequena chorona, já passa. Se não queres pedir ajuda a ninguém, ou sequer companhia que seja, abraça a Lizzie até adormeceres, que também ela é um embalo suave, e se até fechares os olhos de vez não te pararem as lágrimas, então solta-as, vamos, nada de medos, pode ser que as chores todas e depois não mais haja para derramar.

E mesmo na solidão encontrada em ti mesma aquando do silêncio das palavras e gestos dos outros, aguenta!, sê forte!, que nunca é mais que um tempo, e todo o tempo passa, passa o tempo pelo tempo e não volta, se voltar é pior, ou, porventura, melhor;  este já passou e, incrédula em ti pelo teu grito que nunca soa mais alto que um murmúrio à tua alma, essência, pois que seja o que queres, que qualquer um serve, podes sentar-te na noite e perceber que o silêncio é só teu, mas que a solidão é do mundo. Descrever vida nesse teu plano mudo muda a cor do teu interior, e respiras agora com mais tranquilidade, choradas já quase todas as lágrimas.

grito viii – da solidão melancólica do ser.

Caem por terra os alicerces desse teu mundinho insano e apertado, esse claustro imaculado refulgente brilhante onde alastram as frestas disfarçadas para ninguém as ver, nem tu, que julgas esse teu lugar o mais perfeito. Mas ele cai, desmorona-se, torna-se ruína decadente da tua glória quebrada por rastros de lágrimas e mágoas sulcadas perfeitamente no rosto da chuva. Que vão! Afinal pensaste mal, e o teu egoísmo, o teu egoísmo, criança, corrói-te de culpa que não te querem admitir, mas que tens, pesada, tão, tão pesada.

“I used to bring you sunshine, now all I ever do is bring you down.”

Era o que te sustinha, não era? Aquela perenidade em que acreditas sem acreditares em mais nada, porque de que te serve todo o resto? Que crueldade a tua para contigo, porque nesse teu mundo, ainda que em ruína, és rainha e senhora e tomas posse do tempo. E portanto és sempre criança, e as crianças não conhecem a dor alheia mais do que a sua, que passa com a ternura e o carinho dos outros, tão célere a ir como a vir. Não retêm elas as lágrimas e os soluços amassados, nem os gritos de dor. Há tanto tempo que não grito de dor. O máximo que consigo é erguer a voz e cantar, cantar no auge da voz junto à linha dos comboios que passam e abafam todos os sons menos os que ouves dentro de ti mesma, sejam canções, gritos, soluços, risos, os comboios que correm e passam e te deixam para trás. E tu que não querias fica para trás. Já és tu, sou eu, não sei quem sou nem que me chamo, o que recordo pode não ser meu e as palavras que escrevo são minhas neste meu mundo arruinado ou tuas nesse teu claustro derrubado.

E, contudo, é esse ser descontínuo que te prolonga, cedendo e vergando-se, enquanto o vento sopra lá fora e na rua estás bem, ainda que te corram as lágrimas como te corre a dor, estás bem enquanto te toca a ventania descomedida que te quer levar para longe. Mas ficas e cantas, quando queres gritar. Porque, ainda que tudo corra mal, estás melhor aqui. Com ele.

grito vii – da mágoa acesa do ser.

Que vergonha, não susteres o sorriso como deve ser, não te deixares construir alegremente durante as horas mais árduas. Não distingues uma dor da outra, afinal cabeça e  mente e  coração e viver são sempre o mesmo, esquece que te reges pela tua felicidade e perde-te, cada vez mais, não sabes por onde vais nem como sair daqui. Esperas que seja apenas mágoa física, que passa quando acordares de manhã, mas a manhã prende-te como te perdes e sentes um aperto no peito, feito da inutilidade do que te crês e do que vês quando, na escuridão da ausência de luz, te olhas ao espelho que ficava bonito rachado, porque assim é de uma inutilidade que apenas serve para compores o cabelo. Delongas-te no leito tentando esticar as horas, mas elas arrastam-se depressa e nunca as agarras como deve ser, chega a hora e o despertador tocou e tens de te levar até onde tens de ir, sem que, agora, sem que antes te tenha ocorrido, se torna claustrofóbico e pleno da incapacidade de te preencher.

Vamos, já chega! As lamúrias não te trazem nada, mas fingir-te alegre custa, como custa a insincera compreensão ou a acusação que não mereces, desta vez, por todas, não mereces! Atinge-te mais facilmente a palavra demarcada a irritação e quê! que teoria, essa tua, a de que toda a gente, um dia, poderia querer saber o que és! Loucura a que te corre nas veias, aquelas… Não, mais não, que mácula irrisória que te desvanece, a janela é já ali mas não podes sair, não podes deixar as salas decrépitas para o sol, ou o calor temeroso que enxergas mas não distingues, porque se o distinguisses já sabias qual a forma para o combater.

É tão tarde, vai dormir, tens que fazer! Mas dormir é desistir, e se pudesses dormias hoje e sempre e deixavas-te de heresias e sacrilégios que não bastam a ninguém. Quebram-se-te as pálpebras, bruxa de auto-tormentos, um dia arranjo-te uma máquina de torturas para te entreteres. E nada de pensamentos masoquistas, não, é apenas complacência pela tua estima que te impões e que nunca sabes se é ou se deixou de ser. Já é tarde, se dormires passa-te o aperto no peito, sempre que procuras no imediato parece tudo distante e demasiado longínquo para as tuas míseras forças.

grito vi – da claustrofobia do ser.

Não sabes bem o que fazer. Rasga-se-te o peito de tremores quando acordas a meio da noite, quase madrugada, não estás desperta e ainda tens os pés imersos no sonho, pesadelo, o que lhe quiseres chamar, e daí parece-te tão real que não vale a pena tentares evadir-te naqueles momentos, naquele centro de crenças efémeras ou talvez nem tanto. Desperta em ti um desejo aterrorizador de não chorar mas, ao mesmo tempo, de derramares as lágrimas, e ficas indecisa quanto ao que fazer. Que te faz falta algo tu sabes, mas o que é não consegues definir, ou preferes não o fazer, porque se o conseguires, bem, tens culpa, não é? Não queres ser culpada, não queres admitir que o te consola é tão efémero e imperfeito que não te basta para os momentos em que tornas dual, és tu mas és tão dupla que não te sabes definir, como nunca soubeste. Queres mas não queres, chorar, não chorar; o mundo é teu mas nunca foi, porque não o soubeste aceitar, não o soubeste desejar como era suposto desejares o mundo.

Na escuridão da antemanhã pretendes que não há nada para além da vida vazia que está entre o sonho e a realidade, o apagar das brasas e aclarar da mente; para ti a noite sempre foi mais assustadora. Não há nada mais que o espaço translúcido e ténue que compõe as trevas rasgadas de entranhas de luz que nunca chegam a germinar. Há no teu quarto um lugar que não é preenchido pela tua respiração e que, nas horas de sono, cheira a putrefacção imaculada e enfeitada de laços e renda. A companhia que resta nas noites é escassa e apenas aquece o corpo, não chega para consolar os sentidos ou sentir a tranquilidade da verdade que te atrofia tanto a razão.

Não me deixes. Que súplica inserena e amedrontada, dirijo-ta pois sei que talvez, quiçá, porventura, a oiças e me garantas mais uma vez que não, que nunca saíste de perto de mim, que há um fado traçado para nós e que é de justiça. Não quero dizer como me sinto, isso apenas agrava a marca que me atraiçoa. E se há uma pessoa a quem o orgulho me permite pedir ajuda, bem, já é tarde, o cansaço dos outros não corresponde ao meu, nunca é o mesmo, não é de bom tom importunar o alheio com o narciso, restam pois então ecos, que são estas palavras escritas.

grito v – das noites do ser

Nunca passa o tempo como eu quero, que impaciência danada! Ouso fingir que sei tudo, não sei nada porque me restrinjo a mim e ao que me rodeia temporariamente. Se é só que estou, pois seja só que me sinto, nem sempre, nem sempre, bem o sei. Mas agora não sei se é das dores que me falta a companhia, mas sinto que todos têm alguém ao lado menos eu. Estupidez, por que estás agora a ser desconfiada, não chores, se não te ligam é então culpa tua, que mais queres? Consolo? Se calhar até é, mas que te servem palavras para te acalmar o sofrimento? O físico nem com medicamentos vai, o outro não to aplaca o coração, vil. Não sei de onde vem, estás bem, estavas bem, já te foste agora e resta-te tudo, resta-te o quarto vazio com os peluches desenhados a pó e as cores delineadas a nada, a música não te preenche porque falta lá alguma coisa, não sabes bem o que é. Até sabes, confessa, nem que seja a ti.

Tentas pedir ajuda e só te saem lamentos, que lamentos vãos, não vale a pena proferi-los, cala-te já! Não te quero mais ouvir! Não me contes todas as vezes que te saqueaste em busca de ouro, não há nada em ti de valioso. Neste momento é como se já tivesses caído, outra vez. Ou ainda não? Tentas levantar-te, de novo, outra vez, este mundo espera por ti. Seria bom que alguém neste momento te quebrasse a barreira de egocentrismo. Não sei se vale sequer a pena tentar compreender-te para te mudar. Já passou o tempo de mudança para ti, coisa ignóbil, deixa o inexorável levar-te para onde não alcances o dia ou a noite, remete-te para o ciclo das estações como se nunca houvesse mais que a má-hora em que sentes, se sentes é má.

Se escrever é assim tão difícil, canta-me. Canta, nunca tiveste vergonha de cantar, ainda para mais ao fim de tarde, quando o sol se põe e não há ninguém para te ouvir se não tu. Canta, canta contigo, nem que seja para ti, para não estares só no quarto vazio num dia vazio numa despedida vazia, para fingir que nunca conheceste as dores e para te certificares que as que sentes são tuas, que passam, que afinal nunca sofreste deveras, quiçá não saibas o que são mágoas. Mas lembras-te de vezes em que te explodia o coração. Não foram muitas, contudo. Ainda bem. Se continuares assim serás capaz de não passar por isto outra vez. Oh, que digo eu? Disparates. Passar pelo mesmo duas vezes é impossível, nunca passa o tempo duas vezes. Ou talvez passa demasiadas. Não sei, quero dizer tanto mas nunca sei o que dizer, é como se me encaramelassem as palavras e os sentidos na boca. Não posso ser sempre capaz de dizer o que penso, certo, mas posso tentar. Só que no momento nem são só as palavras, é o cérebro, a alma, o corpo, enrola-se tudo e perco-me em significados que não são os que almejo. Quanto de mal fará isso ao sentir que sou capaz de conquistar o mundo só com pensamentos, com um olhar através da janela com as persianas corridas pelo meio, com as árvores a bambolear-se e a perder-se na distância dos olhares indiscretos como são todos? Não espero contar tudo, mas queria contar ao menos o que penso que é relevante, ora, mas nem isso, como os textos se tolhem debaixo dos pés, tropeçam eles, caio eu, somos novelos perdidos no ruído de fundo que é o mundo. Não sei como me sentir.

Quando fizeres sentido avisa.

grito iv – das dores do ser.

Como é tão difícil perceber os sentimentos quando eles são tantos vagos diferentes vogam todos contra os outros
uns estes aqueles perdem-se na distância no longe até não mais poderem e podermos
caem em abraços do fim do mundo em sons ecos infinitos
e ficam depois as preces rogos pragas porque a indecisão cumpre-me temerariamente
marchando incontrolável perdida sem rumo
como os sentimentos.

Se tivesse de um escolher era o medo e o egoísmo e a falta de tacto
talvez também a indelicadeza própria ou as incompreensões minhas
que me deixo em dédalos labirintos e caio ícaramente
porque nunca soube voar.

grito iii – dos sentimentos pesados do ser.

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