Se é um pedido auxílio então não percebo, então estou surda. Se é ajuda o que pedes então não oiço, então não percebo. Se queres mais de mim que aquilo que mostras então explica, então fala. Estou mais que cansada, estou exaurida, e perco todos os dias bocados da relação, da ligação, do laço que fica pela estrada porque o despojaste, ou fui eu, ou ambos, e agora não resta mais nada, nunca hei-de chamar relevantes às memórias porque são isso e não aquecem as manhãs ou as tardes ou as noites e os dias continuam vazios.

Chamo de inglórias as tentativas que deveria saber e lamento-me pelos cantos, irritadiça pela falta de consolo a mim própria e aquele que me dão nunca chega porque estou à espera do meu consolo. Não sei por que o faço, se não me hei-de conformar com a minha solidão pendente, e ela pende de mim.

Talvez possa um dia dirigir-me ao que desconheço tão solenemente mas que quero partilhar por ser demasiado fardo para mim sozinha, talvez possa um dia amar-me a mim porque sou tão importante como eu me quero fazer sentir. Recolho para mim as lágrimas porque não fazem sentido.

grito i – da maldição do alheio e meu.